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29 de dezembro de 2015

O amor não se faz em listas

Do que as mulheres gostam? O que os homens esperam de sua futura esposa? Quais características podem acabar com o relacionamento por completo?

Listas e mais listas dos 10 defeitos que um não suporta no outro, 15 atitudes que são consideradas sexys e você nem sabia,  e mais umas 8 dicas infalíveis para conquistar o homem/mulher dos seus sonhos.

Mas que amor é esse? Quantitativo, decifrável, resumível.  Que amor é esse que começa com cantadas prontas, vestidos colados, piscadas ensaiada no espelho? Amor que se mantém com roupa do namorado, cabelo com rabo de cavalo e um beijo na testa só por obrigação e termina rapidinho se tiver um pouquinho de insegurança, um dia de distanciamento, ou um pouquinho de capricho.Quem foi que testou essa fórmula e aprovou? Quem decidiu que ela funciona pra todo mundo?

O amor que eu conheço é diferente começa meio que do nada, meio sem por quê. Às vezes as falas são ensaidas, mas na hora só resta o improviso, às vezes usa-se um gesto idiota que seria mal interpretado por qualquer pessoa no mundo, mas pra aquela na sua frente é motivo de risada e assim, no silêncio de quem não sabe o que dizer e nas bochechas rosadas de quem não sabe para onde olhar, ele aparece.

Depois ele se mantém com uma gargalhada no meio do ataque de TPM, e com piadas quando o outro não sabe trocar a resistência do chuveiro, além das frases que se repetem todos os dias pra lembrar das qualidades que você não acredita que tem e ninguém exige isso, é só continuar repetindo. O amor se mostra ainda mais forte quando, sem querer, o outro levanta o cotovelo na sua cara enquanto você xeretava por trás o que ele fazia e os beijos de carinho sempre vêm do nada e em púbico. E apesar de todas as neuras e esquizofrenias diárias, sem seguir listas, razão ou leis da  física, ele continua.


Às vezes o amor acaba sim, mas da mesma forma que começa, a gente não sabe muito bem o motivo. Aconteceu, por alguma razão além da nossa vã filosofia. Mas se tem uma coisa que acaba vez com ele é tentar ser o que a gente não é, mesmo que sejamos o oposto do que a lista mandou, somos muito melhores assim.

Dica de Livro: Garotas de Vidro

Sinopse: Lia e Cassie são amigas há anos, ambas congeladas em seus corpos. No entanto, em uma manhã, Lia acorda com a notícia de que Cassie está morta, e as circunstâncias de sua morte ainda são um mistério. Não bastasse isso, Cassie tentara falar com Lia momentos antes, para pedir ajuda. 












Estou escrevendo essa resenha ainda um pouco sensibilizada pelos cacos que garotas de vidro deixou, é um trocadilho tosco, mas é exatamente essa sensação que ele causa. O livro vai deixando cacos, pedacinhos que você vai pisando e sofrendo um pouco, e esses pedacinhos são da Lia.

A sinopse é suficiente para explicar a base do enredo, mas não sobre isso que o livro trata.A história, narrada e primeira pessoa, é completamente sobre a Lia, parece óbvio, mas o livro foge um pouco do estilo tradicional. Não é um livro sobre a Lia fazendo x coisas e indo para y lugares, é um livro sobre a cabeça dela, seus fantasmas, seus pensamentos completamente obsessivos, sua doença. A própria frase na capa “A verdade nem sempre é o que enxergamos” remete a uma ideia de mistério, mas é na verdade é sobre a forma como a Lia enxerga as coisas, ela mesma, a relação com os pais e claro, os acontecimentos com sua ex-melhor amiga.


Algumas resenhas disseram ser uma leitura difícil, mas acho que isso é só pela escrita da autora ser tão incrível e pessoal, você realmente sente e entende aquela menina. Pode ser um pouco confuso no começo, afinal você está dentro da cabeça de uma pessoa jovem visivelmente perturbada e sem noção da própria condição, às vezes não é possível saber o que é realidade e o que não é, mas isso até você se acostumar com a leitura e entender que não é isso que importa. E então você começa a amar a Lia, apesar dos pensamentos completamente anormais dela,  não se torna irritante, e você só quer que ela fique bem.



Não tenho nenhum contato com pessoas com distúrbios alimentares, mas, em níveis menores, talvez seja esse tipo de pensamento completamente fora da realidade que temos toda vez que reclamamos do nosso corpo, por isso acho uma leitura interessantíssima e m pouco fora do comum, mas que vale a pena.


28 de dezembro de 2015

Antes Que Termine o Ano

Quando criança eu tinha uma superstição. Sempre amei o clima de fim de ano e em especial os dias das vésperas de natal e ano novo e eu achava que precisava começar um novo ano com a vida organizada. Na época, isso significava limpar o meu quarto e deixar ele arrumado, hoje, organizar a vida não se resume a um único cômodo da casa, mas, no fundo, eu ainda acredito.

Carrego sempre comigo a ideia de que os dias mais importantes não são só os fins de semana,  que as horas mais valiosas não são apenas as que estamos dormindo, que os momentos memoráveis não só aqueles em que acontecem coisas extremamente boas e desejadas, assim como o melhor dia pra começar, ou recomeçar, não é o exclusivamente o primeiro dia do ano. Mas se você propôs para o próximo ano alguma mudança, é importante que comecemos de algum lugar, e eu te proponho que você organize sua vida.

Ao contrário do que se pensa, organizar a vida, por mais que não seja tão simples quanto dar uma geral no quarto, não significa resolver todos os seus problemas, dar um fim no seu trabalho chato, dizer as verdades entaladas na garganta, tomar todas as escolhas difíceis que você precisa tomar, neste caso, a sua vida é algo mais simples dos que os acontecimentos que a perturbam ou adoçam, a sua vida é você, sua mente é seu quarto e é preciso tirar a poeira.

Faltam poucos dias  para que o ano termine e se você fez promessas, tem desejos ou apenas acredita que as coisas vão ser diferentes, é preciso começar por onde não começou ano passado, pense.

Reflita sobre as coisas que fez, as decisões que tomou e os caminhos pelos quais elas te levaram. Quais seriam diferentes? Quais você retomaria?  De quais você se arrepende, mas, na verdade, não há nenhum motivo consciente para se arrepender? Pense nas coisas que aconteceram  e você não tinha como prever ou evitar,  lembre-se de todos os bons momentos e todos que você não dava tanta importância, mas, pensando bem, são extremamente essenciais pra você ser quem é, Traga pra sua memória todos os pensamentos ruins ou negativos que você teve, todos os medos paralisantes e crenças limitantes que te impediram de ser quem é e fazer o que queria fazer. Reflita o que você fez de errado, onde você acertou, o que deseja mudar, indiferente das coisas que você quer conquistar porque isso será apenas uma consequência.

Por fim, aceite. Aceite  tudo que aconteceu porque tinha que acontecer e estava fora do seu controle, aceite tudo que você não conseguiu mudar, você fez o que podia, aceite todos os erros que você cometeu, eles também são parte de você, rejeitá-los é rejeitar seu passado e não existe o novo sem o velho, aceite tudo que já foi, porque o arrependimento e o aborrecimento são um retrocesso, nunca serão um motivo para  dar um novo passo.

Para começar um novo ano de forma diferente, por menores que sejam as mudanças que você deseja, é preciso mudar primeiramente a si mesmo e isso é muito mais fácil do que se imagina, Desejo ótimos últimos dias de 2015 para todos, afinal eles também são importantes e é possível usá-los para preparar o território para o que virá, um novo ano e um novo você.


15 de dezembro de 2015

Maratone nas férias - Scream Queens

Se você gosta de Glee e/ou American Horror Story já deve ter ouvido falar da nova série produzida por Ryan Murphy, Scream Queens. Mas se você não sabe do que estou falando, vou te apresentar.


Scream Queens é uma série de terror trash (TRASH OKEY?) que se passa dentro do campus de uma universidade, onde assassinatos começam a ocorrer, principalmente no núcleo principal da série que são as meninas da  fraternidade Kappa Kappa Tau, “Aí que clichê”, sim é pra ser mesmo.
 Já no ínicio descobrimos que o assassino se veste de demônio vermelho ( o mascote da faculdade) e o principal mistério está em justamente descobrir quem é ele. É clara e abertamente uma referência a filmes de assassinatos em séries, comuns nos anos 90, como pânico.

Seu elenco conta com Emma Roberts, Lea Michele, Abigail Breslin, Jamie Lee Curtis, Diego Bortena, Ariana Grande, Nick Jonas, entre outros.
(imagem do elenco)

Mas PRESTE MUITA ATENÇÃO para não se frustar, ela é uma série propositalmente trash, que mistura terror e comédia e não deve ser levada muito a sério em nenhum dos dois lados. Há cenas e personagens que são completamente fora da realidade, mas dentro da série isso faz sentido. Isso não torna a série ruim, se você assistir sabendo o que vai encontrar vai perceber o quanto ela é viciante.
Ela usa e abusa do humor negro e do ridículo, mesmo que você não gargalhe de rir é divertido. E tem momentos de suspense que te deixam tenso. O mistério do demônio vermelho é muito bem desenvolvido ao longo  temporada e todos os personagens apresentam potencial pra ser assassinos, cada personalidade é um mistério a parte inclusive. (Tio Ryan sabe o que faz nesse quesito).

A primeira temporada tem 13 episódios e não foi  muito bem de audiência, provavelmente por ser um gênero muito específico, ainda não se sabe se vai ser renovada. Porémno no 13º foi revelada a identidade do assassino, então vale a pena assistir independente disto.
Bons gritos pra vocês!

TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=i6_LwI-hUms

25 de outubro de 2015

Feliz segunda-feira nova!

Segunda-Feira é o dia da preguiça, do cansaço, do tédio, o dia mais chato pra semana, é o dia de virar de lado na cama, de ficar deitado só mais cinco minutinhos, é o dia do atraso e da correria, o dia que te lembra que faltam 5 dias para sexta chegar.

O que ninguém vê sobre a segunda-feira é que ela não é o dia triste que devemos nos lembrar que a nossa vida não é como gostaríamos, ela é o primeiro dia de uma nova semana que não precisa ser interpretada como um castigo.

Esses cinco dias fazem parte de você na mesma intensidade do bar de sexta-feira a noite, da balada de sábado, do cinema no fim do domingo. A sua vida não começa no primeiro copo de cerveja, ou só quando você acorda meio-dia no seu único dia de descanso e não termina quando começa a música do fantástico, ela já começou e ela continua aí, a chegada de segunda-feira é só um lembrete para você vivê-la.

Hoje é um ótimo dia para colocar em prática aquela lista de coisas a fazer do começo do ano, lembra? É o dia de mudar, dos planos, de cumprir aquela promessa que você fez pro espelho, é o dia de fazer com que a sua vida seja o que você quer, ou ao menos tentar dar um açucarada. É o dia de mudar o seu ponto de vista e de enxergar esses cinco dias que você tem pela frente como uma história em potencial. A segunda-feira é o ano novo que começa toda semana.


Feliz segunda pra você!

28 de julho de 2015

Mito da Caverna

Viva! Não era uma comemoração, era um grito, uma súplica, um pedido de joelhos, Viva, por favor!

Um homem olha, com seus olhos vermelhos, sem compreender. Estou vivo, estou respirando.

Do outro lado existe alguém que sabe que não é verdade, a vida não se faz, não existe naquele mundo.

Ele já esteve ali, andando entre aqueles que o mundo finge não ver e, ele próprio, não via o mundo.

Preso por correntes invisíveis, mas impossibilitado de se soltar. O vício é uma areia movediça.

O mundo parecia melhor dentro daqueles muros, os efeitos alucinógenos entorpeciam os sentidos, criavam figuras inexistentes mais bondosas que as que ele conhecia, escondiam as angustias que se tenta, a todo custo, negar. Não existe a dor, não existe a doença, não existe o vazio, não existe a morte.

 Sem espelhos, não via a própria morte que existia em si. Os olhos vermelhos, a pele flácida, a alma vazia.

Um dia encontrou um caco de vidro que refletiu a própria imagem e aos poucos foi vendo pelas rachaduras. Dentro daqueles muros as figuras bondosas não entravam, as luzes não iluminavam, não existia a paz, não existia a calma, não existia o amor.

Desprendeu-se, arrastou-se para fora, carregando o peso de se negar hábitos antigos, por mais torturantes que eles fossem.

Vez ou outra entra nos muros pra dizer o que há lá fora.

O mundo não é doce, de fato, mas o amargo que tempera os dias é melhor do que o aguado gosto da vida pela metade.

Alguns não entendem uma só palavra, outros preferem ainda observar as sombras e não há nada a ser feito.

 Apenas nós possuímos as chaves de nossas próprias algemas.


Viva, por favor!

26 de julho de 2015

Vida de universitária: como é a faculdade?


Um dos assuntos que eu adorava ler e ver vídeos era sobre faculdade, desde informações sobre o curso, materiais, até o dia-a-dia. Por isso, antes de iniciar o segundo semestre, vim contar quais foram as primeiras impressões. Professores, aulas, estudos, é tipo American Pie?

Eu estudo Publicidade e Propagada no período noturno, admito que sou nerd e a média da faculdade é oito - pausa pra vocês entrarem em choque- então a resposta para a última pergunta é não. A faculdade, pelo menos a minha, não é o ambiente festivo que muitos têm em mente, até rola uma festas no terraço e ao redor é cheio de barzinhos, mas é ali que você vai montar seu futuro profissional e, mais do que isso, adquirindo conhecimentos que você julgou serem importantes e interessantes pra você.

Claro que se você gosta nada te impede de, com consciência, ir aos barzinhos e às festas, assim esse período pode ser o melhor, mais divertido, mais louco e, ao mesmo tempo, o mais produtivo da sua vida.

Algumas coisas que percebi no decorrer da faculdade.

Os professores não dão aula à la ensino médio.
Para quem já fez cursinho sabe a diferença que faz uma aula que não se resume à lousa cheia e um resumo do que já está escrito. A maioria dos professores conversa na verdade sobre o tema, conta casos, dá sua opinião, faz você pensar, tirar suas próprias conclusões, claro que há slides, mas o conteúdo é sempre apresentado de forma mais interessante.

Estudar vai além das aulas
Tudo tem dois lados, e ao mesmo tempo  em que os professores não vão apresentar aulas chatas, também não vão dar nada mastigado. Cheguei ao fim do semestre com sensação de que podia saber muito mais, era só ter dado mais atenção para os livros indicados pelos professores.

Faltar é muito mais do que só perder um dia
Como eu disse, a faculdade é o ambiente em que você vai aprender sobre um assunto que você gosta, com o qual você quer trabalhar e quer saber discutir, cada falta você perde um montão de conhecimento que pode ser que nunca mais seja dado, afinal as aulas sendo dinâmicas, há pontos de vista dos professores, exemplos, pensamento que você formaria naquela aula e que não podem ser achados no google.

Você não vai ter tempo pra anotar e depois vai querer ter anotado tudo.
A maioria das pessoas quando fala sobre faculdade diz que não há muito o que anotar, mas, pra mim, anotações até seriam bem vindas, o que não tinha era tempo, o professor realmente não vai ficar passando textos e textos em lousas, e você vai ouvindo o que ele fala, algumas coisas você lembra, outras não e droga, eu queria ter anotado sobre aquilo lá. Você vai ter que descobrir qual o meio-termo pra isso e qual a melhor forma pra você de fato aprender o que está sendo ensinado.


3 de abril de 2015

Toca Raul!

Não tomo partidos. Não é questão de ficar em cima do muro, e sim subir nele rapidinho só pra observar e perceber que nenhum dos lados tá certo e nenhum tá errado, depois eu pulo pro lado que simpatizar mais e saio andando sem falar nada a menos que me perguntem alguma coisa.

Descobri que nem tudo é preto no branco, nem tudo precisa ser oito ou oitenta, as coisas não são completamente boas ou completamente ruins, nós apenas gostamos de catalogar tudo em uma única frente para organizar nossas prateleiras por título, não consigo, prefiro deixar tudo uma bagunça.

Não tenho opiniões formadas, mudo o tempo todo o que eu penso quando me deparo com um argumento do partido adversário que faz sentido.  Pessoas com convicção nunca me pareceram admiráveis, mas sim mentes fechadas, porque, se você tira os tampões e olha em volta, seus ideais nunca fazem sentido, não importa qual sejam.

Não gosto de definições, eu sou assim, ela é assado, o verbo ser desencadeia ideia de eternidade, prefiro o verbo estar, pois estar é momento e é apenas em algum momento perdido no tempo que a eternidade é capaz de existir.

Estereótipos estão em mais lugares que podemos imaginar e há até quem goste de tentar se encaixar, eu prefiro ignorar.

Não quer dizer que não tenha minha verdade, valores e preconceitos, apenas que acredito que toda moeda tem dois lados e a gente nunca sabe qual vai ser nossa reação se formos postos em uma situação diferente da que estamos acostumas.


Nunca diga nunca é um lema e metamorfose ambulante é minha música, mas esquece de tudo que eu falei, até amanhã já mudei de opinião.

15 de março de 2015

Na pele do cordeiro: Sou perfeccionista e agora?

Depois do  post G-I-G-A-N-T-E sobre o que se sente na pele do perfeccionista chegou o tão esperado momento em que eu revelo a cura!

Brincadeirinha! Não tem cura.

Não que você vá sofrer para todo o sempre com  essa cobrança excessiva de si mesma e dos outros, mas há todo um caminho a ser trilhado.

Primeiramente, quero deixar claro que estou nesse caminho junto com você, então eu não sou exatamente uma especialista no que vai dar certo, mas claro que eu pesquisei um pouco antes e vou juntar estas dicas com o que eu acho que pode funcionar.

Como eu disse, aceitar que tem um problema é extremamente importante, mas não acredito que seja o primeiro passo. Por que?
Porque esse é o momento em que você decide se vai  ficar paralisado, assustado com o fato de que tem um problema e acreditar que tudo está perdido e você nunca vai mudar, ou resolve fazer alguma coisa e se livrar das angustiantes sensações que acompanham sua condição. Por isso acredito que o primeiro passo seja... 

Pensar positivo. 
Não, eu não vou começar um discurso sobre a lei da atração e atrair os pensamentos, porque não sou fiel à essa teoria, no entanto nós temos sim, certos pensamentos como "eu nunca vou conseguir", "eu sou assim e sempre vou ser", "sou um fracasso", entre outros, logo tente primeiramente pensar "eu vou melhorar" e toda vez que você tiver um crise perfeccionista com esses pensamentos desagradáveis tente pensar conscientemente coisas positivas, (sem tetar não pensar nas negativas), ou ter uma conversa racional interna consigo mesma sobre.
Não vou mentir, nos momentos de crise isso não é fácil, você pensa algo positivo e sua mente rapidinho repele com coisas negativas nas quais você  acredita cegamente, não sou especialista em como lidar com isso, neste caso indico ESTE VÍDEO ( e acostumem-se com os vídeos da Flávia por que gosto muito). Mas, se não funcionar, faça isso depois, aceite seus erros para você mesmo, pense, ou até diga em voz alta "isso é normal, todo mundo erra, ninguém pensa o pior de você." Entre outras coisas.
Acredito que isso seja um grande primeiro passo, você ser capaz de se aceitar, mesmo que depois que uma crise* passar.

Assuma 
Você não precisa escrever um texto enorme sobre como se sente, mas basta dizer "eu sou perfeccionista" e, se quiser, enviar um artigo/texto que você tenha lido que se encaixe perfeitamente no seu caso, para que a pessoa, ou pessoas saibam como é. O mesmo vale pra outros defeitos, aceite e ria deles.
No entanto, faça isso por você, não espere uma determinada reação de ninguém ou que te ajudem, saiba que esta pessoa pode não entender por que você está incomodado com isso, ela pode até rir ou não saber o que dizer. Faça isso pra aceitar os seus erros perante os outros e não para que eles te mostrem a solução, ok?


Escolha uma atitude de cada vez e mude.
Pense nos hábitos que você tem  e que são causados por conta do perfeccionismo, depois disso,  escolha um para se focar em acabar com ele.
Encontrei diversas dicas específicas de como vencer o perfeccionismo, mas cada um é cada um e cada caso é um caso. Só você é capaz de compreender o que você faz que é resultado de uma mania de perfeição, o que é um vício. Algumas coisas são mais simples de vencer, comece por elas.
No meu caso, vou revisar menos. Algumas coisas se feitas uma vez com atenção já é suficiente, outras, como um texto por exemplo, precisam ser revisadas, mas uma vez só basta e ultimamente tenho revisado um milhão de vezes tudo que faço por medo de errar  e por falta de confiança.

Claro que o blog como já disse foi o meu primeiro passo, aqui estou assumindo meu problema e comecei sem ter certeza de que estava perfeito e de que eu sabia o que estava fazendo, mas agora preciso dar este passo em outros ambientes.

De o seu primeiro passo!












* Eu chamo de crise, apesar de não ser de fato uma doença, esses momentos em que nos achamos incapazes porque não fizemos algo de forma perfeita. Ás vezes é ums crise só de pensamentos ruins, ás vezes vem em forma de lágrimas, às vezes estresse.


21 de fevereiro de 2015

Na pele do cordeiro: o que é o tal do perfeccionismo?

No primeiro post que fiz sobre perfeccionismo eu exemplifiquei como isso pode ser um problema para realizar seus projetos, mas esse é só um tipo de obstáculo no qual o perfeccionismo pode se transformar.

Primeiro a definição do termo no wikipedia: "O perfeccionismo é um distúrbio neurótico no qual a pessoa sente constante insatisfação com seu desempenho e dúvidas sobre a qualidade de seu trabalho, levando o indivíduo a escrupulosidade, verificações de pormenores, obstinação, prudência e rigidez excessivas prejudicando a sua pontualidade e eficiência. Caso seja um traço de personalidade que cause prejuízo significativo a si mesmo e/ou aos outros passa a ser considerado como transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva."

Sim! O perfeccionismo nesse caso foi definido como um distúrbio neurótico e colocado bem próximo do TOC. Isso pra vocês verem como não se parece nada com a ideia que se tem de um perfeccionista  "ah um cara que faz tudo certo, que se esforça pra fazer as coisas direito".
Mas antes que você saia correndo e dizendo "eu não sou assim, eu só faço as coisas direito" saiba que é desta forma que todos nós pensamos!  Além disso, ser perfeccionista não significa que você age como um em todos os momentos ou quesitos da sua vida.

Não vou bombardear ninguém com características roubadas na internet (inclusive você pode ver uma opção bem legal AQUI), mas sim falar como é sentir, de fato, que você precisa fazer tudo perfeito e quais as consequências disso no  desempenho em suas tarefas, na realização dos seus sonhos, na sua mente, nas suas noites etc...


1. Eu Preciso...
Esse é o nosso pensamento, mesmo que não pensemos com as exatas palavras "eu preciso ser perfeito(a)" ainda assim acreditamos fielmente que precisamos fazer alguma coisa e faze-lá de determinada maneira para que as coisas deem certo. Seja fazer o seu trabalho com um alto nível de qualidade, seja fazer todas as tarefas em um tempo limitado, seja tirar uma nota x, ou começar um curso... Tudo parece obrigatório, tudo parece para ontem,  tudo tem que ser executado perfeitamente e quando não alcançamos esse objetivo nos sentimos fracassados, mesmo que, se pensássemos racionalmente, perceberíamos que não é nossa culpa, ou que ninguém conseguiria. Autoestima? Vai caindo, caindo.


2. Eu não faço o suficiente/ Mas as outras pessoas.
Comparação estão sempre presentes seja com você mesmo ou com os outros. Você acha que está fazendo menos ou com menor qualidade do que poderia de fato fazer, logo você compara com a imagem - admito, muitas vezes irreal - que se tem dos outros, porque aparentemente eles fazem tudo que tem que ser feito e fazem direito. Isso poderia ser bom se fosse verdade e fizesse apenas nos esforçar, mas na verdade, por já sermos perfeccionistas, já estamos fazendo tudo que é possível para nós no momento. Acontece que é muito difícil admitir que simplesmente não nascemos prontos, que não podemos ser 100% em tudo o tempo todo, ou que ainda não estamos prontos.


3. Os outros me acham (insira algo depreciativo aqui).
Bom, a ideia que não estamos fazendo o suficiente ou que não somos o que deveríamos ser está, de uma forma ou outra, sempre em nossa mente e sempre achamos que os outros pensam assim, que esperam mais de nós do que podemos oferecer e que estão desapontados com nosso desempenho. Pode ser o chefe, nossos pais, amigos ou até só conhecidos. Isso nos faz acreditar que jamais vamos ser promovidos, que nossos pais nunca vão ficar orgulhosos etc... Afinal, as pessoas são muito melhores do que nós. Só que isso é o que pensamos de nós mesmos.

4. Acho melhor não falar.
Sabe a timidez? Pois é, ás vezes, não é timidez... A ideia de que podemos errar nos impede de falar. Pode ser uma opinião sobre um assunto seríssimo ou  simplesmente uma pergunta, de qualquer forma, temos medo de parecemos ridículos.


5. Revisar, revisar e, só pra ter certeza, revisar outra vez.
Não podemos fazer nada, entregar nada ou enviar sequer um email sem checar, mais de uma vez, se está tudo correto com a ortografia, com os parágrafos, com a quantidade de enters dados. O que atrasa demais a nossa produtividade, é um grande paradoxo e talvez esteja mesmo próxima do TOC.


6. Vai melhorar quando/eu vou fazer quando.
Já falei no primeiro post que procrastinação é uma característica do perfeccionismo, afinal esperamos estar tudo perfeito pra realizar algo, precisamos saber fazer, ter as ferramentas, ter o tempo... E como isso não vai acontecer de uma vez e não sabemos improvisar, bom...
Além disso acreditamos que essas sensações, esses medos, ou até essa falta de ferramentas vai melhor quando algo acontecer, só que, além de  ficar dependendo do acaso, mesmo que seja uma coisa certa não vai melhorar, porque o problema somos nós. Clichê de término de namoro?


7. O botão de destruir a humanidade.
E quando erramos? Bom, como todo ser humano, fracassamos, seja por um erro ortográfico ou um sonho que não se realizou ( a expressão "por enquanto" não existe no nosso dicionário, logo se não foi dessa vez, pra nós, nunca vai ser). Quando isso acontece nos martirizamos, pensamos no que poderíamos ter feito diferente, como somos idiotas, como as outras pessoas devem nos achar incapazes. Não é um simples erro é como se tivéssemos apertado um botão que vai destruir a toda a vida humana.

Enfim...

Esses são alguns dos sentimentos e cobrança que eu, particularmente, tenho comigo mesma, mas sei que deve ser parecido com outras pessoas.
As consequências? Apesar de estar escrevendo em um momento racional e pacífico, normalmente é complicado.
 O perfeccionismo pode causar, além do TOC já mencionado, depressão, baixíssima auto-estima e afeta o seu desempenho, sua qualidade de vida (frequente querer levar trabalho pra casa porque é inadmissível que não tenha dado tempo), sua felicidade. Nos sentimos incapazes, insuficientes e às vezes, sim, infelizes, e por nos ver desta forma acreditamos que nunca vamos realizar nossos sonhos, o que só gera mais frustrações. É uma bola de neve.
Saber o que você tem e que você não está certo sobre o que pensa de você mesmo é um grande passo. Não acredito que seja o primeiro passo de verdade porque daí pra saber como superar isso é um  caminho a parte, mas vou falar mais sobre isso depois.

E se você se identificou, então estamos juntos nessa!







5 de fevereiro de 2015

Na pele do cordeiro: Perfeccionismo

O primeiro post desse blog foi ao ar em 01/02/2015, porém a ideia surgiu há bastante tempo e o layout (que não é perfeito, mas deu muito trabalho) está pronto há cerca de 7 meses. Então por que demorou tanto tempo pra eu vir aqui desenrolar minhas palavras?

Bom, por vários motivos.


1- Como eu já disse, não está perfeito
O template deu muito trabalho pra fazer, eu não sei muito sobre html e foi só vendo vários vídeos no Youtube que consegui montar. Eu até gostei no começo, mas passado um tempo comecei a achar simples demais, sem contar que a minha forma de postar também nao está afiada, ainda não sei direito como me portar, ou como  fazer o post ser mais atratativo e além disso..


2- Eu não tinha assunto para postar todo dia.

Pesquisando sobre blogs você descobre que os blogs mais legais têm uma rotina de posts. Nesse momento busquei relacionar sobre o que eu falaria, tentei escrever posts antes de dar início ao blog para deixar reservado, tentei fazer um calendário. Parece detalhismo demais pra você? Pois é...
Ps: não deu certo


3 - Eu queria saber tudo sobre tudo.
 Depois disso tomei uma decisão, só iria postar quando soubesse sobre tudo, como me relacionar com o público, como divulgar o blog, como editar perfeitamente minhas fotos e até eu saber completamente de html para ter tudo do jeitinho que eu imaginei.

Resumindo... mesmo não tendo enormes pretensões eu precisava necessitava, morreria se não  fosse  ser perfeita. Isso tudo ignorando duas máximas verdadeiríssimas de que um, ninguém, nem nada, é perfeito e dois, a prática é que nos leva a perfeição ( ou quase perfeição, só pra não entrar em contradição).


Mas o que me fez mudar de ideia?

Em um momento coincidências da vida fui parar em um artigo sobre perfeccionistas e então a definição do termo somada com um pouquinho de perspicácia da minha parte me fez ver que além de eu ser perfecicionista (coisa que eu já sabia), esse era o meu grande problema.
Sim, problema! Assim como a maioria das pessoas, quem sabe até você, eu achava que perfeccionismo era uma qualidade, às vezes um pouco chatinha, mas que no geral só leva a fazer as coisas direitinho. 
Errei, errei feio, errei feio, errei rude!
Perfeccionismo não é detalhismo, não é cuidado, não é capricho, perfeccionismo é querer tudo, literalmente, perfeito! Ou seja, querer o impossível.

Então,  comecei  minha busca  para me livrar desse mal - falarei mais sobre isso em posts futuros, mas perfeccionismo é algo que me faz muito mal, em muitos aspectos- e encontrei um vídeo sobre procrastinação, um dos males dos perfeccionistas.
Como queremos  que tudo esteja perfeito até pra começar acabamos deixando pra amanhã, amanhã, amanhã... Até que o amanhã um dia se transforma em ano que vem que se transforma em talvez um dia que quer dizer nunca nunquinha.
Descobri que era isso que estava fazendo com o blog, logo não quis esperar nem mais um  minuto, mesmo não tendo assunto para todos os dias, imagem para todos os posts e conhecimento para todas as áreas, esse é o meu primeiro passo, mesmo que seja pequeno.
Quero compartilhar os meus passos e ajudar outras pessoas a darem o  primeiro delas, postarei frequentemente sobre esse assunto, definições, o que estou fazendo, etc. Isso tudo se eu achar que está perfei.... Deixa pra lá.


LINKS LEGAIS
Artigo que abre os olhos: As armadilhas de ser perfeccionista
Vídeo sobre procrastinar: Inimigo - Perfeccionismo
Um vídeo sobre jogar chapéu pro outro lado do muro e outros contos: Queimando pontes



2 de fevereiro de 2015

Livres como um passáro na gaiola

Livre arbítrio, liberdade de expressão, mobilidade social, como é boa a vida no século XXI. Mas não cante, você não canta bem, as pessoas não vão gostar.  Não dance, a vida não é um espetáculo.

Sua opinião é diferente? Não dê, você será linchado, humilhado, ridicularizado, não use tanto a habilidade de pensar.

A profissão dos seus sonhos é coisa pra rico, é muito difícil, você não nasceu com o dom, escolha outra. Aquele caso que você está pensando é um em um milhão, e sim, você está inserido no um milhão.

Não demonstre tanto sua felicidade, isso é coisa de louco e as pessoas em volta têm problemas. Mas você está triste? Você não tem o direito, há tantas pessoas no mundo em situação pior, quem é você pra reclamar?

Quem é você pra exigir o direito de ser você?

Tenha estilo, não seja eclético demais, isso é falta de personalidade. Não tenha opiniões controversas. Se você não pode ser definido, então você não faz sentido.

Não ria alto, mesmo que tenha sido engraçado. Palavrão? É deselegante.

Cuidado com as roupas que usa, cuidado ao sair na rua, cuidado com as coisas que fala.


Não se preocupe, somos todos livres aqui dentro, mas olhe bem, a cerca é elétrica.

1 de fevereiro de 2015

Olá!

Um milhão de coisas em mente. Um milhão de palavras na mente que não tinham nenhuma conexão entre si. Hora era o programa de TV favorito, hora o que eu faria no fim de semana. Me via divagando sobre roupas, costumes, religião, eu mesma, tudo isso em um minuto.

Precisava de alguma forma exteriorizar esses pensamentos, precisava fazer essas palavras desconexas serem lidas, nem que fossem só por eu mesma.

Assim surgiu a ideia do blog, uma conexão de ideias sem conexão nenhuma, uma mente funcionando fora do meu corpo, delirando fora do meu corpo.  No meio tempo desde a concepção dessa ideia até a elaboração desse primeiro texto muitas coisas aconteceram e muitos pensamentos se formaram, descobri que tinha muito a dizer e ajudar e muitas questões em que precisava me ajudar.

Não me perguntem sobre o que é esse blog, pois ele é sobre tudo, e não sei qual rumo essa bagunça pode seguir, mas mais do que bem-vindos a leitura lhes digo: Bem vindos a essa jornada, que por mais pessoal que seja, pode ter um pedacinho de você contido nela.
Espero que se identifique!



Beijos,
e pode me chamar de Jotinha.