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29 de dezembro de 2015

Dica de Livro: Garotas de Vidro

Sinopse: Lia e Cassie são amigas há anos, ambas congeladas em seus corpos. No entanto, em uma manhã, Lia acorda com a notícia de que Cassie está morta, e as circunstâncias de sua morte ainda são um mistério. Não bastasse isso, Cassie tentara falar com Lia momentos antes, para pedir ajuda. 












Estou escrevendo essa resenha ainda um pouco sensibilizada pelos cacos que garotas de vidro deixou, é um trocadilho tosco, mas é exatamente essa sensação que ele causa. O livro vai deixando cacos, pedacinhos que você vai pisando e sofrendo um pouco, e esses pedacinhos são da Lia.

A sinopse é suficiente para explicar a base do enredo, mas não sobre isso que o livro trata.A história, narrada e primeira pessoa, é completamente sobre a Lia, parece óbvio, mas o livro foge um pouco do estilo tradicional. Não é um livro sobre a Lia fazendo x coisas e indo para y lugares, é um livro sobre a cabeça dela, seus fantasmas, seus pensamentos completamente obsessivos, sua doença. A própria frase na capa “A verdade nem sempre é o que enxergamos” remete a uma ideia de mistério, mas é na verdade é sobre a forma como a Lia enxerga as coisas, ela mesma, a relação com os pais e claro, os acontecimentos com sua ex-melhor amiga.


Algumas resenhas disseram ser uma leitura difícil, mas acho que isso é só pela escrita da autora ser tão incrível e pessoal, você realmente sente e entende aquela menina. Pode ser um pouco confuso no começo, afinal você está dentro da cabeça de uma pessoa jovem visivelmente perturbada e sem noção da própria condição, às vezes não é possível saber o que é realidade e o que não é, mas isso até você se acostumar com a leitura e entender que não é isso que importa. E então você começa a amar a Lia, apesar dos pensamentos completamente anormais dela,  não se torna irritante, e você só quer que ela fique bem.



Não tenho nenhum contato com pessoas com distúrbios alimentares, mas, em níveis menores, talvez seja esse tipo de pensamento completamente fora da realidade que temos toda vez que reclamamos do nosso corpo, por isso acho uma leitura interessantíssima e m pouco fora do comum, mas que vale a pena.


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