Não tomo partidos. Não é questão de ficar em cima do muro, e
sim subir nele rapidinho só pra observar e perceber que nenhum dos lados tá
certo e nenhum tá errado, depois eu pulo pro lado que simpatizar mais e saio
andando sem falar nada a menos que me perguntem alguma coisa.
Descobri que nem tudo é preto no branco, nem tudo precisa
ser oito ou oitenta, as coisas não são completamente boas ou completamente
ruins, nós apenas gostamos de catalogar tudo em uma única frente para organizar
nossas prateleiras por título, não consigo, prefiro deixar tudo uma bagunça.
Não tenho opiniões formadas, mudo o tempo todo o que eu
penso quando me deparo com um argumento do partido adversário que faz
sentido. Pessoas com convicção nunca me
pareceram admiráveis, mas sim mentes fechadas, porque, se você tira os tampões
e olha em volta, seus ideais nunca fazem sentido, não importa qual sejam.
Não gosto de definições, eu sou assim, ela é assado, o verbo
ser desencadeia ideia de eternidade, prefiro o verbo estar, pois estar é
momento e é apenas em algum momento perdido no tempo que a eternidade é capaz
de existir.
Estereótipos estão em mais lugares que podemos imaginar e há
até quem goste de tentar se encaixar, eu prefiro ignorar.
Não quer dizer que não tenha minha verdade, valores e
preconceitos, apenas que acredito que toda moeda tem dois lados e a gente nunca
sabe qual vai ser nossa reação se formos postos em uma situação diferente da
que estamos acostumas.
Nunca diga nunca é um lema e metamorfose ambulante é minha
música, mas esquece de tudo que eu falei, até amanhã já mudei de opinião.
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