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21 de fevereiro de 2015

Na pele do cordeiro: o que é o tal do perfeccionismo?

No primeiro post que fiz sobre perfeccionismo eu exemplifiquei como isso pode ser um problema para realizar seus projetos, mas esse é só um tipo de obstáculo no qual o perfeccionismo pode se transformar.

Primeiro a definição do termo no wikipedia: "O perfeccionismo é um distúrbio neurótico no qual a pessoa sente constante insatisfação com seu desempenho e dúvidas sobre a qualidade de seu trabalho, levando o indivíduo a escrupulosidade, verificações de pormenores, obstinação, prudência e rigidez excessivas prejudicando a sua pontualidade e eficiência. Caso seja um traço de personalidade que cause prejuízo significativo a si mesmo e/ou aos outros passa a ser considerado como transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva."

Sim! O perfeccionismo nesse caso foi definido como um distúrbio neurótico e colocado bem próximo do TOC. Isso pra vocês verem como não se parece nada com a ideia que se tem de um perfeccionista  "ah um cara que faz tudo certo, que se esforça pra fazer as coisas direito".
Mas antes que você saia correndo e dizendo "eu não sou assim, eu só faço as coisas direito" saiba que é desta forma que todos nós pensamos!  Além disso, ser perfeccionista não significa que você age como um em todos os momentos ou quesitos da sua vida.

Não vou bombardear ninguém com características roubadas na internet (inclusive você pode ver uma opção bem legal AQUI), mas sim falar como é sentir, de fato, que você precisa fazer tudo perfeito e quais as consequências disso no  desempenho em suas tarefas, na realização dos seus sonhos, na sua mente, nas suas noites etc...


1. Eu Preciso...
Esse é o nosso pensamento, mesmo que não pensemos com as exatas palavras "eu preciso ser perfeito(a)" ainda assim acreditamos fielmente que precisamos fazer alguma coisa e faze-lá de determinada maneira para que as coisas deem certo. Seja fazer o seu trabalho com um alto nível de qualidade, seja fazer todas as tarefas em um tempo limitado, seja tirar uma nota x, ou começar um curso... Tudo parece obrigatório, tudo parece para ontem,  tudo tem que ser executado perfeitamente e quando não alcançamos esse objetivo nos sentimos fracassados, mesmo que, se pensássemos racionalmente, perceberíamos que não é nossa culpa, ou que ninguém conseguiria. Autoestima? Vai caindo, caindo.


2. Eu não faço o suficiente/ Mas as outras pessoas.
Comparação estão sempre presentes seja com você mesmo ou com os outros. Você acha que está fazendo menos ou com menor qualidade do que poderia de fato fazer, logo você compara com a imagem - admito, muitas vezes irreal - que se tem dos outros, porque aparentemente eles fazem tudo que tem que ser feito e fazem direito. Isso poderia ser bom se fosse verdade e fizesse apenas nos esforçar, mas na verdade, por já sermos perfeccionistas, já estamos fazendo tudo que é possível para nós no momento. Acontece que é muito difícil admitir que simplesmente não nascemos prontos, que não podemos ser 100% em tudo o tempo todo, ou que ainda não estamos prontos.


3. Os outros me acham (insira algo depreciativo aqui).
Bom, a ideia que não estamos fazendo o suficiente ou que não somos o que deveríamos ser está, de uma forma ou outra, sempre em nossa mente e sempre achamos que os outros pensam assim, que esperam mais de nós do que podemos oferecer e que estão desapontados com nosso desempenho. Pode ser o chefe, nossos pais, amigos ou até só conhecidos. Isso nos faz acreditar que jamais vamos ser promovidos, que nossos pais nunca vão ficar orgulhosos etc... Afinal, as pessoas são muito melhores do que nós. Só que isso é o que pensamos de nós mesmos.

4. Acho melhor não falar.
Sabe a timidez? Pois é, ás vezes, não é timidez... A ideia de que podemos errar nos impede de falar. Pode ser uma opinião sobre um assunto seríssimo ou  simplesmente uma pergunta, de qualquer forma, temos medo de parecemos ridículos.


5. Revisar, revisar e, só pra ter certeza, revisar outra vez.
Não podemos fazer nada, entregar nada ou enviar sequer um email sem checar, mais de uma vez, se está tudo correto com a ortografia, com os parágrafos, com a quantidade de enters dados. O que atrasa demais a nossa produtividade, é um grande paradoxo e talvez esteja mesmo próxima do TOC.


6. Vai melhorar quando/eu vou fazer quando.
Já falei no primeiro post que procrastinação é uma característica do perfeccionismo, afinal esperamos estar tudo perfeito pra realizar algo, precisamos saber fazer, ter as ferramentas, ter o tempo... E como isso não vai acontecer de uma vez e não sabemos improvisar, bom...
Além disso acreditamos que essas sensações, esses medos, ou até essa falta de ferramentas vai melhor quando algo acontecer, só que, além de  ficar dependendo do acaso, mesmo que seja uma coisa certa não vai melhorar, porque o problema somos nós. Clichê de término de namoro?


7. O botão de destruir a humanidade.
E quando erramos? Bom, como todo ser humano, fracassamos, seja por um erro ortográfico ou um sonho que não se realizou ( a expressão "por enquanto" não existe no nosso dicionário, logo se não foi dessa vez, pra nós, nunca vai ser). Quando isso acontece nos martirizamos, pensamos no que poderíamos ter feito diferente, como somos idiotas, como as outras pessoas devem nos achar incapazes. Não é um simples erro é como se tivéssemos apertado um botão que vai destruir a toda a vida humana.

Enfim...

Esses são alguns dos sentimentos e cobrança que eu, particularmente, tenho comigo mesma, mas sei que deve ser parecido com outras pessoas.
As consequências? Apesar de estar escrevendo em um momento racional e pacífico, normalmente é complicado.
 O perfeccionismo pode causar, além do TOC já mencionado, depressão, baixíssima auto-estima e afeta o seu desempenho, sua qualidade de vida (frequente querer levar trabalho pra casa porque é inadmissível que não tenha dado tempo), sua felicidade. Nos sentimos incapazes, insuficientes e às vezes, sim, infelizes, e por nos ver desta forma acreditamos que nunca vamos realizar nossos sonhos, o que só gera mais frustrações. É uma bola de neve.
Saber o que você tem e que você não está certo sobre o que pensa de você mesmo é um grande passo. Não acredito que seja o primeiro passo de verdade porque daí pra saber como superar isso é um  caminho a parte, mas vou falar mais sobre isso depois.

E se você se identificou, então estamos juntos nessa!







5 de fevereiro de 2015

Na pele do cordeiro: Perfeccionismo

O primeiro post desse blog foi ao ar em 01/02/2015, porém a ideia surgiu há bastante tempo e o layout (que não é perfeito, mas deu muito trabalho) está pronto há cerca de 7 meses. Então por que demorou tanto tempo pra eu vir aqui desenrolar minhas palavras?

Bom, por vários motivos.


1- Como eu já disse, não está perfeito
O template deu muito trabalho pra fazer, eu não sei muito sobre html e foi só vendo vários vídeos no Youtube que consegui montar. Eu até gostei no começo, mas passado um tempo comecei a achar simples demais, sem contar que a minha forma de postar também nao está afiada, ainda não sei direito como me portar, ou como  fazer o post ser mais atratativo e além disso..


2- Eu não tinha assunto para postar todo dia.

Pesquisando sobre blogs você descobre que os blogs mais legais têm uma rotina de posts. Nesse momento busquei relacionar sobre o que eu falaria, tentei escrever posts antes de dar início ao blog para deixar reservado, tentei fazer um calendário. Parece detalhismo demais pra você? Pois é...
Ps: não deu certo


3 - Eu queria saber tudo sobre tudo.
 Depois disso tomei uma decisão, só iria postar quando soubesse sobre tudo, como me relacionar com o público, como divulgar o blog, como editar perfeitamente minhas fotos e até eu saber completamente de html para ter tudo do jeitinho que eu imaginei.

Resumindo... mesmo não tendo enormes pretensões eu precisava necessitava, morreria se não  fosse  ser perfeita. Isso tudo ignorando duas máximas verdadeiríssimas de que um, ninguém, nem nada, é perfeito e dois, a prática é que nos leva a perfeição ( ou quase perfeição, só pra não entrar em contradição).


Mas o que me fez mudar de ideia?

Em um momento coincidências da vida fui parar em um artigo sobre perfeccionistas e então a definição do termo somada com um pouquinho de perspicácia da minha parte me fez ver que além de eu ser perfecicionista (coisa que eu já sabia), esse era o meu grande problema.
Sim, problema! Assim como a maioria das pessoas, quem sabe até você, eu achava que perfeccionismo era uma qualidade, às vezes um pouco chatinha, mas que no geral só leva a fazer as coisas direitinho. 
Errei, errei feio, errei feio, errei rude!
Perfeccionismo não é detalhismo, não é cuidado, não é capricho, perfeccionismo é querer tudo, literalmente, perfeito! Ou seja, querer o impossível.

Então,  comecei  minha busca  para me livrar desse mal - falarei mais sobre isso em posts futuros, mas perfeccionismo é algo que me faz muito mal, em muitos aspectos- e encontrei um vídeo sobre procrastinação, um dos males dos perfeccionistas.
Como queremos  que tudo esteja perfeito até pra começar acabamos deixando pra amanhã, amanhã, amanhã... Até que o amanhã um dia se transforma em ano que vem que se transforma em talvez um dia que quer dizer nunca nunquinha.
Descobri que era isso que estava fazendo com o blog, logo não quis esperar nem mais um  minuto, mesmo não tendo assunto para todos os dias, imagem para todos os posts e conhecimento para todas as áreas, esse é o meu primeiro passo, mesmo que seja pequeno.
Quero compartilhar os meus passos e ajudar outras pessoas a darem o  primeiro delas, postarei frequentemente sobre esse assunto, definições, o que estou fazendo, etc. Isso tudo se eu achar que está perfei.... Deixa pra lá.


LINKS LEGAIS
Artigo que abre os olhos: As armadilhas de ser perfeccionista
Vídeo sobre procrastinar: Inimigo - Perfeccionismo
Um vídeo sobre jogar chapéu pro outro lado do muro e outros contos: Queimando pontes



2 de fevereiro de 2015

Livres como um passáro na gaiola

Livre arbítrio, liberdade de expressão, mobilidade social, como é boa a vida no século XXI. Mas não cante, você não canta bem, as pessoas não vão gostar.  Não dance, a vida não é um espetáculo.

Sua opinião é diferente? Não dê, você será linchado, humilhado, ridicularizado, não use tanto a habilidade de pensar.

A profissão dos seus sonhos é coisa pra rico, é muito difícil, você não nasceu com o dom, escolha outra. Aquele caso que você está pensando é um em um milhão, e sim, você está inserido no um milhão.

Não demonstre tanto sua felicidade, isso é coisa de louco e as pessoas em volta têm problemas. Mas você está triste? Você não tem o direito, há tantas pessoas no mundo em situação pior, quem é você pra reclamar?

Quem é você pra exigir o direito de ser você?

Tenha estilo, não seja eclético demais, isso é falta de personalidade. Não tenha opiniões controversas. Se você não pode ser definido, então você não faz sentido.

Não ria alto, mesmo que tenha sido engraçado. Palavrão? É deselegante.

Cuidado com as roupas que usa, cuidado ao sair na rua, cuidado com as coisas que fala.


Não se preocupe, somos todos livres aqui dentro, mas olhe bem, a cerca é elétrica.

1 de fevereiro de 2015

Olá!

Um milhão de coisas em mente. Um milhão de palavras na mente que não tinham nenhuma conexão entre si. Hora era o programa de TV favorito, hora o que eu faria no fim de semana. Me via divagando sobre roupas, costumes, religião, eu mesma, tudo isso em um minuto.

Precisava de alguma forma exteriorizar esses pensamentos, precisava fazer essas palavras desconexas serem lidas, nem que fossem só por eu mesma.

Assim surgiu a ideia do blog, uma conexão de ideias sem conexão nenhuma, uma mente funcionando fora do meu corpo, delirando fora do meu corpo.  No meio tempo desde a concepção dessa ideia até a elaboração desse primeiro texto muitas coisas aconteceram e muitos pensamentos se formaram, descobri que tinha muito a dizer e ajudar e muitas questões em que precisava me ajudar.

Não me perguntem sobre o que é esse blog, pois ele é sobre tudo, e não sei qual rumo essa bagunça pode seguir, mas mais do que bem-vindos a leitura lhes digo: Bem vindos a essa jornada, que por mais pessoal que seja, pode ter um pedacinho de você contido nela.
Espero que se identifique!



Beijos,
e pode me chamar de Jotinha.