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11 de maio de 2016

Pare de transformar seus defeitos em qualidades




Todos temos defeitos. Essa frase já é conhecida e amplamente citada, o problema é que ela é usada só como isso mesmo, uma frase, e nunca como uma atitude de conscientização. Não falo aqui de defeitos físicos, mas daqueles que são mais difíceis de ver a olho nu.

Há duas tendências problemáticas das pessoas quando se vêem de frente aos próprios defeitos. A primeira é de negá-los, fingir que somos incompreendidos ao invés de errantes, fingir que nossos defeitos não estão lá, as pessoas é que julgam demais, ou que eles nem são tão importantes assim. Quando não é possível escondê-los debaixo do tapete, primeiros nos condenamos, depois passamos por um processo que é muito confundido com aceitação, mas na verdade não possui nenhuma relação, o do conformismo.

 Com o conformismo vêm as desculpas, e com as desculpas a ideia de que nossos defeitos são, na verdade, partes importantíssimas de nós e  seria uma heresia tentar removê-los, muitas vezes falamos deles com orgulho, como qualidades, e como se definissem nossa personalidade.

Em sociedade isso também é muito comum, o que Aristóteles vai tratar como a troca de lugares entre virtude e vício e também conhecemos como inversão de valores. Quando uma pessoa que corta fila ou deixa de pagar alguém de quem deve é considerada esperta e os demais é que são bobos, quando alguém vê o bem nos outros e é considerada inocente e bobo, quando valoriza-se as pessoas como líder natas, enquanto. na verdade, elas só dão medo.

Se acontece em sociedade, acontece também no indivíduo.

O problema é que há uma linha tênue entre você ser diplomático e ser falso, entre se amar e ser egocêntrico, entre ser realista e pessimista. Ser orgulhoso não é algo bom, rancor não é esperteza e não faz bem, quem coloca o dinheiro acima do resto é tão avarento quanto quem só pensa em dinheiro, ser sincero o tempo todo na verdade é grosseria e personalidade forte é só um nome que inventaram pra pessoas que são difíceis de se ter ao seu lado.

Aceitar seu defeito como definição de si mesmo é se limitar por livre e espontânea vontade, e não engana a ninguém, só você.

Conheça suas qualidades, sem achar que elas te fazem especial, se achar demais é bem diferente de autoconfiança. Mas entenda que elas é que são importantes,  e não se apegue a seus defeitos como parte de você,  pois eles não precisam ser.

 Aceitar a existência dos seus defeitos é importante, trabalhar para transformá-los é evolução. Espero que você não goste de ficar parado.

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