Meu palco é um monólogo, o que você vê, e o que você ouve, é só unidade. Meu espetáculo é silêncio, e o que escuta, são ecos do vazio. Minha peça é escuridão, e o que eu enceno, é a solidão.
O que você não vê, são os demônios nas minhas costas e as correntes em minhas pernas.
Do seu assento confortável você não ouve os gritos sufocados com o pano das cortinas.Embaixo da lona desse circo você desconhece a cor do meu céu e não percebe o passar dos meus dias.
Você não vê as feições por de trás das máscaras, nem aqueles que me passam a roupa para eu entrar em cena, não vê a cama e nem os monstros embaixo dela, sua cadeira está distante demais pra enxergar a pequenez de uma lágrima e você distraído demais pra perceber o rio que ela forma. Você desconhece a mim por detrás do personagem que incorporo, você não vê nada, além do que eu mostro.
Eu sei que julga os meus passos, pois soam.perdidos, mas você não vê o sangue da sola dos meus pés no chão.
Minha voz soa arrastada, mas você não ouve a rouquidão.
Meus olhos parecem cansados, mas você não estava lá durante a noite pra me ver revirar e perder para a insônia.
Meu roteiro é a dor, mas minha dor é poesia e você está perdido demais pra encontrar a rima.
Eu sei que julga os meus passos, pois soam.perdidos, mas você não vê o sangue da sola dos meus pés no chão.
Minha voz soa arrastada, mas você não ouve a rouquidão.
Meus olhos parecem cansados, mas você não estava lá durante a noite pra me ver revirar e perder para a insônia.
Meu roteiro é a dor, mas minha dor é poesia e você está perdido demais pra encontrar a rima.
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